
As Obras
Série: É Preciso Sacrificar
ISABEL FERREIRA em sua nova era.
No início de 2025, a artista teve que submeter-se a uma cirurgia na mão (túnel do carpo). Em virtude disso, se reinventou e encontrou uma nova maneira de pintar durante sua recuperação.
Ela buscou materiais, os quais já fazia uso desde o início de seu processo criativo, como o pastel oleoso e a esponja. O pastel oleoso sempre era usado em sua forma integral. Nesta fase, ele é quebrado em pedaços e esfregado com uma esponja sobre o papel de grandes dimensões. A pesquisa também foi realizada em busca da esponja adequada, dependendo de sua maciez o efeito era outro. Vários modelos foram testados até encontrar o modelo ideal para realizar o processo com traços e linhas.
A artista deixa o papel de lado e começa a trabalhar sobre as telas de grandes dimensões. A cada ação uma reação diferente. Em cada movimento, dezenas de traços eram formados em um movimento único e surgiram sobreposições de linhas gerando formas.
O estudo das cores também foi motivo de pesquisa, pois a artista sempre usou cores primárias e fortes. E agora, os tons pasteis surgem, como; violeta, lilás e o azul chamando sua atenção.
Ao mesmo tempo que a artista faz uso do gesto mais potente, usando um martelo para destruir o pastel oleoso, ela se depara com a fragilidade do material e a leveza em cada movimento.
Isabel trabalha com sua poética, sua técnica, sua visão e todo o seu gestual. Dentro do processo do trabalho as cores, o ruído do martelar, o esfregar da esponja sobre as dezenas de pedaços dos pasteis oleosos e a movimentação do corpo impulsionam novas ideias e sentimentos.
O agora está mais leve e, as cores, emergem trazendo mais leveza ao trabalho da artista.
A liberdade do gesto é primordial e protagonista em sua produção.









































































